É possível fazer com toda a família e pagar preços acessíveis
Passear entre as parreiras, degustar bons vinhos e espumantes, conhecer uma vinícola por dentro e até fazer um piquenique não é coisa de filme. Nem somente para quem tem dinheiro. O enoturismo tem mostrado aos brasileiros, que temos ótimos destinos e que o vinho nacional tem muita qualidade. Para quem não conhece, este é um turismo voltado para a cultura do vinho, da plantação ao produto final.
Esta é uma prática relativamente nova no Brasil. O primeiro complexo enoturístico brasileiro iniciou suas atividades em 1992 – a Casa Valduga, na Serra Gaúcha. Em seguida, com criação da entidade Aprovale (do Vale do Vinhedo), em 1995, a visitação passou a crescer ano a ano. Para se ter uma ideia, segundo a União Brasileira de Vitinicultura (Uvibra), antes da pandemia (2019), esse tipo de turismo crescia de 10% a 15% por ano. Com uma média de 1,5 milhão de visitantes anualmente. Números que estão sendo retomados desde 2021.
Muito do crescimento também está relacionado a maior valorização do produto nacional. Segundo a Uvibra, somente nos dois primeiros meses de 2022, a soma total chegou a 40.509.731 litros entre vinhos finos, espumantes e suco de uva comercializados. Isso corresponde a um aumento de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nesse sentido, o crescimento se dá pela percepção da qualidade associado ao preço justo. O que contribui para o enoturismo, assim como, ele contribui para aumento das vendas nacionais.
Vale lembrar que esse tipo de viagem não está destinado apenas a especialistas e nem sommelier. Dessa forma, as vinícolas estão preparadas para receber todo tipo de visitante, inclusive os que não bebem e até crianças. Dito isso, vamos a nossa primeira dica:
1 – Enoturismo não é caro
A primeira impressão é que isso não cabe no seu bolso. Mas, saiba que não é verdade. Tem todo tipo de visita, das mais simples até experiências completas com pernoite na vinícola. Por exemplo, na Aurora, localizada em Bento Gonçalves, a visitação é de graça com direito a degustação de boa parte da sua carta.
O mais bacana é, que cada uma delas oferece um atrativo diferente aos visitantes. Como a Casa Perini (em Farroupilha) que tem 10 tipos de visitas, incluindo até um bike tour. Nele você pedala no meio dos vinhedos.
2 – Vale do Vinhedo é o mais famoso
A fama do Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, já é internacional. Tanto que a rota configura na lista de enoturismo mundial. Nela estão rótulos premiados, como os vinhos e espumantes da Garibaldi Cooperativa Vinícola. Além disso, conta com empresas internacionais como a Chadon, Chateau Lacave e Martini.
Nisto a Aprovale teve grande importância no processo de reconhecimento dos produtos da região. A entidade, em parceria com a Embrapa, estabeleceu normas que constituem o Caderno de Especificações Técnicas. Com isso, em 2002, o Vale dos Vinhedos foi a primeira região do Brasil a ser reconhecida como Indicação Geográfica. Em outras palavras, “valoriza as peculiaridades das diferentes regiões de produção e a originalidade dos produtos” (fonte site https://www.valedosvinhedos.com.br/ ). Bem como, recebeu o selo Indicação de Procedência (IP). Já em 2012, o Vale foi reconhecido Denominação de Origem (DO).
O bacana da Serra Gaúcha é que são dezenas de vinícolas, desde pequenos agricultores até grandes empresas, com experiências diversas. Além disso, é a rota com mais infraestrutura do Brasil, recebendo uma média de 450 mil visitantes por ano. Ainda mais, as cidades tem outros atrativos. Já falamos sobre o que fazer em Bento Gonçalves e Farroupilha.
3 – Existem outras rotas no Brasil
A Serra Gaúcha não é o único local onde é possível visitar vinícolas no país. Neste sentido, é importante destacar o Vale do São Francisco, no Nordeste. Ainda no Rio Grande do Sul, um novo destino de enoturismo está surgindo – a Rota Turística dos Vinhos da Campanha Gaúcha. São 18 vinícolas, em 44 mil quilômetros e com mais de 1.500 hectares de vinhedo. Ela está situada no Pampa Gaúcho e engloba 11 municípios, entre eles Bagé (onde a Rek Parking atua).
Além de degustar bons vinhos, que também contam como o selo de Indicação de Procedência, o visitante ainda mergulha na história do Rio Grande do Sul. Segundo o site oficial (https://www.vinhosdacampanha.com.br/) “a produção do vinho tem como base o terroir da Região Turística do Pampa Gaúcho e da Fronteira”.
4 – Direção e bebida não combinam
Praticamente todas as vinícolas incluem degustação de bebidas alcoólicas no seu tour. Além disso, muitas delas são distantes das cidades, precisando de carro para chegar. O que constituem em um grande dilema… dirigir mas não beber ou beber e não dirigir. Afinal, ambos não dão para fazer. A boa notícia é que existe uma solução.
É comum em municípios, como Bento Gonçalves, Farroupilha e Garibaldi, você encontrar carros com motorista que fecham o dia para ficar a disposição do turista. Ainda tem mais uma vantagem… eles conhecem os destinos e podem te levar a conhecer mais de uma vinícola por dia. Vale ressaltar, que, nas três cidades, tem estacionamento rotativo administrado pela Rek Parking. Então, fique atento ao estacionar no centro para não ser notificado ou mesmo multado pelo agente de trânsito.