A pandemia trouxe um retrocesso as grandes cidades. A boa notícia é que tem solução.
A pauta mobilidade urbana não é nova. Na verdade, ela já está presente há anos quando se fala em desenvolvimento e infraestrutura das cidades. No entanto, após a pandemia do Covid 19 o que se viu foi um grande retrocesso no Brasil. Houve o aumento de uso de carros particulares, causado pelo medo de contaminação. Em contrapartida, as empresas de transportes coletivos, em muitos locais, aproveitaram para diminuir viagens e até extinguir linhas.
Desde 2012 o país tem uma lei sobre mobilidade urbana, a 12.587/12. Ela passou a exigir que os municípios, com população acima de 20 mil habitantes, elaborassem e apresentassem plano nessa área. O foco era priorizar o modo de transporte não motorizado e os serviços públicos e coletivos. Entre os seus princípios estão:
- Acessibilidade universal
- Equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo
- Segurança no deslocamento das pessoas
- Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e serviços
- Eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana
Além disso, a Política Nacional de Mobilidade Urbana ainda prevê que a “localização de estacionamentos públicos e privados deve ser estratégia de gestão da mobilidade”. Ou seja, o uso da Zona Azul, como as administradas pela Rek Paking, pode e deve ser uma forma de restringir a circulação de veículos particulares em grandes centros. Bem como, de apoiar iniciativas para melhorar os modais urbanos.
Por que a mobilidade urbana é importante?
A resposta é simples… porque ela tem influência direta na economia! Grande parte da geração de renda global depende de transporte de produtos e pessoas. Por exemplo, estima-se que no Brasil o excesso de tempo gasto durante os deslocamentos tem impacto de 3% no PIB nacional.
Os números demostram um aumento considerável. Segundo dados do Oliver Wyman Forum, até 2030, o mercado mundial de mobilidade vai crescer cerca de 75%, saindo de US$ 14,9 trilhões em 2017 para US$ 26,6 trilhões em 2030. Os gastos com a mobilidade urbana na verdade são investimentos. Um estudo americano aponta que para cada US$ 1 investido nessa área, retornam US$ 6 para a economia.
Pós pandemia
Se os avanços no Brasil estavam mais devagar do que o trânsito nas grandes cidades, isso piorou muito depois de 2020. Uma pesquisa realizada pela NZN Intelligence, em parceria com o Estadão Summit Mobilidade Urbana, em maio de 2022, mostrou que 45,3% dos brasileiros mudaram seus hábitos após o coronavírus. Foram ouvidos 2,2 mil participantes nas cinco regiões. Dessa forma, 40,2% dos entrevistados intensificaram o uso do carro particular para evitar aglomerações. Já 31,6% passaram a se deslocar mais a pé ou de bicicleta. Somando os dois percebe-se uma recusa em utilizar transporte público.
Isso resulta em horas perdidas segundo a Pesquisa de Mobilidade Urbana 2022, conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o Sebrae. Atualmente, o brasileiro passa cerca de 2 horas no trânsito. Nesse sentido, somando 21 dias por ano se locomovendo. O levantamento ainda constatou que 36% utiliza carros e motos e 12% carros de aplicativos e taxis. Contra apenas 35% que utiliza transporte coletivo.
Apesar dos números preocupantes, novas soluções estão surgindo. Um bom exemplo é a cobrança do pedágio pelo sistema “free flow” (através de pórticos) que já é lei no Brasil. A própria Tag para Pedágio da Rek Pay, que permite a passagem automática, impacta no fluxo de veículos na via. Nesse sentido, o localizador de vagas livres da Rek Pay também contribui, já que evita “rodar” sem necessidade.
Muitos especialistas em mobilidade urbana afirmam que o Brasil tem grande potencial para se expandir nessa área. Talvez o que falte seja toda a sociedade se comprometer com essa pauta.